
abri o baú e as palavras saltaram
sem brilho, desertas de esperança
sentiram a ausência
e por sentir estavam sem cor
peguei carinhosamente uma a uma
pintei-as com as cores do arco-íris
senti-lhes a sede, a fome
a entrega num canto chorado
fi-las renascer, em fios ternos
no pensamento sem tempo
entram então saciadas
no meu corpo desfeito
voltaram a ter o som
e ser o voo suave que partem das minhas mãos
l.maltez